A notícia veiculada pelo Jornal de Negócios Online, do dia 5 do corrente mês, ofereceu-se como mote para esta reflexão ou auto-diálogo que partilho com os homens e mulheres que apostam na qualidade relacional com tudo e com todos (estou a comunicar a sério, embora brincando).
Síntese:
Eis-nos, portugueses, no "livro de records" na área da fuga ao Fisco.
E a fundamentar a notícia um pequeno desenvolvimento, do qual se transcreve o seguinte:
"Todos os anos as estatísticas vêm mostrando que Portugal tem entre 10 e 14 mil milhões de euros em dívidas fiscais por cobrar. O valor corresponde a cerca de 10% da riqueza produzida num ano, e daria para pagar, por exemplo, cinco planos anticrise, mais de dez pontes Vasco da Gama ou mais de três défices orçamentais".
A partir daqui, teve lugar o referido auto-diálogo:
- Portugal é um país professamente cristão, correcto?
- Digamos que sim.
- O documento essencial dessa "relação com Deus e com o Homem" é a Bíblia ou Sagrada Escritura, ou ainda a Palavra de Deus. Verdadeiro ou Falso?
- Verdadeiro.
- Maria, a "santa mãe de Deus", para a maioria, é uma figura de grande relevo na referida relação.
- Também é verdadeiro.
- No tão conhecido episódio das Bodas de Caná (S. João 2:1-12, TIC),perante o "défice" verificado na provisão do vinho, Maria intervem.
- Sim, apelando para uma manifestação do poder de Jesus no sentido de repor o stock do vinho e assim solucionar a emergente crise.
- Após a resposta estranha de Jesus, Maria, dirigindo-se aos discípulos diz-lhes...
- "Façam tudo o que ele vos disser".
- No espírito desta letra, e relacionando com o nosso mote - os impostos - poder-se-ia focar e parafrasear a célebre, estranha e, talvez, incómoda resposta dada pelo Mestre dos mestres, noutro contexto, aos impostores que o abordaram...
- "Dai pois ao Estado/Fisco o que é do Estado/Fisco, a Deus o que é de Deus e a diferença, essa fica para o vós"(Mat.22:21).
- Quanto para o Estado/Fisco? Responda quem sabe. Mas voltemos aos dados da notícia. Será que nós, Portugueses, estamos a "tentar devolver" a Deus o dízimo que Lhe é devido, ou seja os 10%, referido pela notícia? Ou, pelo contrário, estarão a Espanha, a França e a Alemanha, que, como afirma a notícia, "têm níveis de incumprimento bem abaixo dos dois digitos", a cumprir a proposta (in)posta por Jesus, no espírito e na letra dos episódios bíblicos referidos?
Em jeito de conclusão, eis uma "louca" questão:
E se os impostos fossem propostos? Ou seja se fossem (in)postos, isto é se fossem propostos pelo (in)terior dos cidadãos solidaria e conscientemente responsáveis...
Por favor não atiremos pedras, só se estivermos livres de culpas (essas pessoas livres, em vez de atirarem pedras retiram pedras... se souberem, digam-me onde estão essas pessoas, para lhes dar um abraço).
Relaxemos! Até porque, diz a sabedoria popular, "perguntar não ofende".
"Crisar-se"? Não!
"Humorizar-se"? Sim! E eis o que acontece!
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
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