Capítulo 4 – TERRA NOSSA DE CADA DIA
Ouve-se uma canção: “Minha terra é linda como…”- Leitor/a, reconhece estas vozes? São de um duo da minha juventude: DON.
Terra…. Partindo do sentido mais amplo: esse Planeta Azul fantástico, habitação de toda a Humanidade… Uma imensidão de histórias e de dados apesar deste planeta, desta nave, desta aldeia global… ser minúscula, só perceptível com a alma, no contexto dos Cosmos…
- E tão ameaçada, e nós com ela!!!
- Você, leitor/a tem razão.
Alguém nos interrompe com uma contribuição. É a adolescente X:
- Será necessário cortar a última árvore, pescar o último peixe e envenenar o último rio para nos darmos conta de que o dinheiro não se pode comer?
Agradecemos esta “profecia” ameríndia (que é também um dos lemas do GP, não é verdade RN?) apresentada não de uma forma afirmativa como no original, mas em jeito de pergunta. (12)
- Pensar global e agir localmente, diz uma jovem linda como uma floresta divinizada pela infiltração dos raios solares.
- Obrigado…?
- Amabela.
Agir localmente. Aproveitando a contribuição da Amabela, pegava na última parte. Por agora eu, narrador, animador ou facilitador, proponho fazermos um zoom desse Planeta ainda azul, embora muitíssimo ameaçado. Tal facto, está a desafiar o que de nobre e generoso ainda resta no Ser Humano.
Estão a ver? Esta é a terra nossa de cada dia: esse espaço que observamos, que percorremos, que tocamos… onde vivemos, nos movemos e existimos, no quotidiano. Vamos pegar nesta questão? Estão de acordo? Convido todos quantos quiserem e puderem a participar neste aspecto local da Terra Nossa de Cada Dia.
- Posso?, pergunta o Adolescente Y.
- Olá! Bem-vindo! Faça o favor.
- Que Terra? Nossa, de quem?.
- Alguém pretende responder?, pergunto eu narrador.
- Será o Campo? A Vila? A Montanha? A Cidade?... continuou o Adolescente Y.
Um simpático idoso contribui com o seguinte:
- Poderá ser qualquer espaço cujo nome possa ir de A a Z, desde que seja aquele/s onde, como já foi dito, nos movemos, vivemos e existimos no quotidiano….
-Estão de acordo?, consulto eu.
Unanimidade.
- Que pensa da sua Terra, interpela-me o Adolescente Z.
Eis a minha tentativa de resposta:
- Geograficamente está situada num amplo vale, que aos poucos vai ficando coalhada de construções. Alfabeticamente encontramo-la na letra D. Para mim, não é muito linda em termos paisagísticos… os locais mais bucólicos foram, praticamente todos, devorados por um predador poderoso mas descontrolado.
- O Urbanismo, diz alguém.
- Mas você ama a sua terra, as pessoas sabem disso. Porquê então essa paixão?, pergunta-me uma simpática velhinha que tem o nome da minha falecida mãe.
- Penso que é porque nela nasci, cresci, casei, vivo… e, neste percurso de vida, as minhas histórias cruzam-se com tantas de outras pessoas. Tudo e todos me fazem olhar, pensar e sentir este espaço como algo encantado, algo mágico…
- Alguma história? Uma só para começar, pede Amabela.
Sorri, e aceitei o desafio.
Como este espaço de comunicação por enquanto é geral, um dia esperamos desenvolvê-lo, eis uma para concluir este capítulo.
- Um dia sentei-me a uma mesa com alguém. Esta pessoa era considerada, pelos especialistas, como um doente do foro psíquico ou mental. Sentados os dois frente a frente, ele tomando um pingo e eu uma água, disse-lhe:
- Tu és o técnico e eu o doente.
E, continuei:
- Eu tenho um problema: Eu sou louco.
Imediatamente, como se tivesse a resposta carregada, com um sorriso lindo, disparou:
- Você é louco pela Natureza, pela Sobrevivência e pela Humanidade!
Aquele momento foi tão forte, tão carregado de energia, de humanismo que, espontaneamente, partilhei com a psicóloga e a assistente social ali presentes, a força recebida. Em jeito de conclusão, perguntei ao “técnico”:
- Quanto custou, o pingo?
- Quarenta cêntimos, respondeu-me, sempre sorrindo e brincando.
E eu conclui:
- Eis quanto me custou esta consulta!
Tão pouco, pensei-senti, por tanto que recebi. Este “técnico” não é um doente, quando muito está doente, não é assim, Dr. MP? (13)
Ouve-se uma canção: “Minha terra é linda como…”- Leitor/a, reconhece estas vozes? São de um duo da minha juventude: DON.
Terra…. Partindo do sentido mais amplo: esse Planeta Azul fantástico, habitação de toda a Humanidade… Uma imensidão de histórias e de dados apesar deste planeta, desta nave, desta aldeia global… ser minúscula, só perceptível com a alma, no contexto dos Cosmos…
- E tão ameaçada, e nós com ela!!!
- Você, leitor/a tem razão.
Alguém nos interrompe com uma contribuição. É a adolescente X:
- Será necessário cortar a última árvore, pescar o último peixe e envenenar o último rio para nos darmos conta de que o dinheiro não se pode comer?
Agradecemos esta “profecia” ameríndia (que é também um dos lemas do GP, não é verdade RN?) apresentada não de uma forma afirmativa como no original, mas em jeito de pergunta. (12)
- Pensar global e agir localmente, diz uma jovem linda como uma floresta divinizada pela infiltração dos raios solares.
- Obrigado…?
- Amabela.
Agir localmente. Aproveitando a contribuição da Amabela, pegava na última parte. Por agora eu, narrador, animador ou facilitador, proponho fazermos um zoom desse Planeta ainda azul, embora muitíssimo ameaçado. Tal facto, está a desafiar o que de nobre e generoso ainda resta no Ser Humano.
Estão a ver? Esta é a terra nossa de cada dia: esse espaço que observamos, que percorremos, que tocamos… onde vivemos, nos movemos e existimos, no quotidiano. Vamos pegar nesta questão? Estão de acordo? Convido todos quantos quiserem e puderem a participar neste aspecto local da Terra Nossa de Cada Dia.
- Posso?, pergunta o Adolescente Y.
- Olá! Bem-vindo! Faça o favor.
- Que Terra? Nossa, de quem?.
- Alguém pretende responder?, pergunto eu narrador.
- Será o Campo? A Vila? A Montanha? A Cidade?... continuou o Adolescente Y.
Um simpático idoso contribui com o seguinte:
- Poderá ser qualquer espaço cujo nome possa ir de A a Z, desde que seja aquele/s onde, como já foi dito, nos movemos, vivemos e existimos no quotidiano….
-Estão de acordo?, consulto eu.
Unanimidade.
- Que pensa da sua Terra, interpela-me o Adolescente Z.
Eis a minha tentativa de resposta:
- Geograficamente está situada num amplo vale, que aos poucos vai ficando coalhada de construções. Alfabeticamente encontramo-la na letra D. Para mim, não é muito linda em termos paisagísticos… os locais mais bucólicos foram, praticamente todos, devorados por um predador poderoso mas descontrolado.
- O Urbanismo, diz alguém.
- Mas você ama a sua terra, as pessoas sabem disso. Porquê então essa paixão?, pergunta-me uma simpática velhinha que tem o nome da minha falecida mãe.
- Penso que é porque nela nasci, cresci, casei, vivo… e, neste percurso de vida, as minhas histórias cruzam-se com tantas de outras pessoas. Tudo e todos me fazem olhar, pensar e sentir este espaço como algo encantado, algo mágico…
- Alguma história? Uma só para começar, pede Amabela.
Sorri, e aceitei o desafio.
Como este espaço de comunicação por enquanto é geral, um dia esperamos desenvolvê-lo, eis uma para concluir este capítulo.
- Um dia sentei-me a uma mesa com alguém. Esta pessoa era considerada, pelos especialistas, como um doente do foro psíquico ou mental. Sentados os dois frente a frente, ele tomando um pingo e eu uma água, disse-lhe:
- Tu és o técnico e eu o doente.
E, continuei:
- Eu tenho um problema: Eu sou louco.
Imediatamente, como se tivesse a resposta carregada, com um sorriso lindo, disparou:
- Você é louco pela Natureza, pela Sobrevivência e pela Humanidade!
Aquele momento foi tão forte, tão carregado de energia, de humanismo que, espontaneamente, partilhei com a psicóloga e a assistente social ali presentes, a força recebida. Em jeito de conclusão, perguntei ao “técnico”:
- Quanto custou, o pingo?
- Quarenta cêntimos, respondeu-me, sempre sorrindo e brincando.
E eu conclui:
- Eis quanto me custou esta consulta!
Tão pouco, pensei-senti, por tanto que recebi. Este “técnico” não é um doente, quando muito está doente, não é assim, Dr. MP? (13)
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