Aconteceu ontem, da parte da tarde.
Colocamos o caiaque na água, e navegamos, ora a montante ora a juzante, do moinho de Soutelo (Vila Verde). A montante, no primeiro açude, onde no passado, na aventura Remanascente, viramos o barco duas vezes, constatamos que a água permanecia nauseabunda. Descendo, já a juzante do referido moinho, entre a moldura de amieiros, salgueiros, freixos... registamos, na margem esquerda, algo desagradável, ao olfacto, à vista e a alma: este foco não soubemos em que consistia nem de onde provinha!!!
Já perto da foz, um miúdo, sozinho na água, brincava: ora como pito borrachudo, bebendo o rio, ora como deus, lançando no ar dilúvios de burrifos.
- Não faças isso! A água está suja! - gritamos.
Mas o barco passou e a criança continuou!
Talvez porque estava a ler Rubem Alves (li um pouco, depois, na margem esquerda do Cávado, frente ao Autocarro-Bar), pareceu-me, ver nas águas do Cávado e do Homem, pedaços de nós mesmos, os humanos, que matando a Natureza, a nós nos matamos!!!
sábado, 28 de agosto de 2010
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2 comentários:
Os netos gostariam que o avô decumentasse o fim de semana, passado nos Arcos de Vale de Vêz, com a família e os amigos!
Saudades
Xana, Marta e Zé
Obrigado pela sugestão e eis a minha resposta:
O texto nasceu logo na semana seguinte e foi confiado ao semanário Notícias dos Arcos. Se ali não for publicado, então será semeado neste blog.
Beijinhos
Vô
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