domingo, 30 de agosto de 2009

DUME (São Martinho)

É isso mesmo: já está disponível o Boletim


DUME - TERRA NOSSA DE CADA DIA

Serão essas pessoas o que “resta” para, “em espírito e verdade”, dar sentido à “FESTA” que, qual semente germina e se desenvolve, no dia-a-dia?

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PESSOA (4ª semana)


Capítulo 1 – D(EU)S

- Oh, não, este tema já é velho!
- Deus morreu!
- Pelo contrário é a maior necessidade do Ser Humano.
- ?

Razin e Corin, duas almas gémeas inseparáveis, consideram estas reacções possíveis perante a palavra que orienta este capítulo.

- Das quatro, qual seria a tua?, pergunta a intelectual Razin.

Antes de conhecermos a resposta, leitor/a, com quem caminhamos ao longo desta aventura, qual é a sua opção? A 1ª? A 2ª? … Nenhuma? Outra não considerada? Se for este o caso, quer partilhá-la connosco?
Continuando, escutemos a resposta do próprio Razin:

- A quarta: ?
- Achas que responder com um ponto de interrogação é uma resposta?, pergunta Corin.
- O tema geral desta caminhada ou encontros de procura e de partilha, qual é?
- PESSOA, “uma grande pergunta em busca de uma grande resposta” (1)

Ouviu-se uma voz vinda de algures:

- Faz pensar em Cury .

Augusto Cury é psiquiatra, psicoterapeuta, cientista e escritor.

Pessoa, Pergunta, Resposta (PPR). Podemos entrar no diálogo e questionar Razin e Corin. Eis a minha primeira pergunta:

- PPR e D(EU)S, que relação?

Foi Corin que me fixou nos olhos, mas o “agricultor” é Razin.

- D(EU)S será a “semente” e PPR, o “solo e o processo”.

Resposta densa, considero eu, mentalmente. Teremos que a abrir. Razin continua:

- Pessoa faz pensar…

Silêncio breve.

- No Ser Humano, respondi eu, o narrador.

Razin olha-me, acena a cabeça e considera o meu contributo.

- Pessoa é como uma lagoa profunda que o rio da Vida, no seu percurso, ora individualiza ora generaliza…, acrescenta Corin.

- Sim também é poesia, admite Razin. E mais?

Um leitor pede a palavra:

- Posso?
- Concerteza.
- Eu sou uma pessoa, tu és uma pessoa, ele/a é uma pessoa, nós somos pessoas, vós sois pessoas, eles/as são pessoas. Toda a gente é pessoa.

Todos sorrimos com este contributo simples, inclusivista.

- Obrigado pela sua participação, disse Razin.

Corin coloca um pequeno objecto anti-stress sobre a mesa e pergunta:

- Este palhaço é uma pessoa?
- Não, responde um coro.
- Isso é uma coisa, um objecto, acrescenta alguém.

Objecto, ser objectivo… preciso, não influenciável. Uma pessoa é um sujeito e como tal é de uma grande complexidade. Estas são as suas cogitações, estimado/a leitor/a?

Esbugalho meu olhar quando, num écran, alguém com muita cor e alegria, um palhaço, faz a sua intervenção:

- Pessoa é alguém cujo pé soa. E ouviu-se um bater do pé no chão.

Sorrisos e gargalhadas alindaram o ambiente. Corin e Razin, agradecem e foi Corin que colocou a seguinte pergunta:

-E porquê se bate o pé?

Quem nunca bateu o pé a alguém ou alguém lhe bateu a ele? Protesto, chamar a atenção, afirmação… é isso mesmo.
Razin pede a palavra, colocando uns óculos de lentes de cor:

- Poderíamos, talvez, resumir o que até agora partilhamos, dizendo que definiremos pessoa segundo a cor dos óculos que colocamos. Ou seja…

Suspendeu o discurso para solicitar contributos que foram chegando de vários ângulos:

- Na guerra, carne para canhão ou para bomba nuclear;
- Na Economia, um número, uma peça de uma grande máquina ao serviço do deus-lucro;
- No Teatro, máscara através da qual o personagem faz ressoar a voz;
- Na Religião, na Filosofia, na Psicologia…íntimo, a essência complexa que, por ser específica, enobrece a parte de um todo: a Humanidade, o Universo ou, porque não, o Cosmos.

Esgotadas, por agora as contribuições, no écran, aparece o título geral desta procura-encontro-partilha: PESSOA, uma grande Pergunta em busca de uma grande Resposta.
A palavra PESSOA deixa de cintilar e dá lugar à palavra PERGUNTA.

- Tenho mil perguntas não respondidas e milhões de respostas para perguntas que eu não formulei, diz um sacerdote. (2)
- Há perguntas claras, abertas, positivas, negativas, discretas, contribui AE. (3)

No écran, eis o Desejado de Todas as Nações, o excelente e ousado questionador, usando a arte da pergunta numa situação stressante, para conduzir as pessoas à interiorização. (4)

- Ter em conta as questões que a vida coloca, a cada dia, diz VF. (5)
- O tesouro é na pergunta, não a resposta, contribui o jornalista e escritor NDW. (6)
- “A Filosofia perguntou muito ao longo de milénios e a Psiquiatria, por ser jovem, perguntou pouco e respondeu rápido”, diz uma jovem leitora citando Cury. (7)

A Adolescente X pede a palavra:

- Pergunta quem sabe ou quem não sabe?

Compreender as perguntas simples e intrigantes que sempre questionaram o Ser Humano, eis um desafio com o selo da qualidade.
Uma outra palavra surge no écran: RESPOSTA.
Um jovem adulto, coloca a seguinte questão:


- O que é uma Resposta?

Leitor/a, tem alguma resposta para esta pergunta?

- Poderá ser uma armadilha cheia de perguntas.

Alguém que ouviu esta resposta lembrou os milhões de respostas para perguntas que nós não colocamos.
Faz pensar nas perspectivas “cabeças bem cheias” (bancos, depósitos de informações versus “cabeças bem feitas”, isto é: críticas, responsáveis, cooperantes, criativas…).

R.B. pede a palavra para incomodar os participantes com a seguinte afirmação:

- A maior razão para não conhecermos as respostas é não termos perguntas.

E acrescenta:

- Escuta as tuas respostas mesmo quando são loucas, desde que…

Suspende a comunicação. Silêncio fecundo. E conclui ao fim de alguns segundos:

- representem a tua maior verdade. (8)

PESSOA, D(EU)S, PERGUNTA, RESPOSTA…
Que Perguntas? Que Respostas? Concebidas, geradas, paridas por mim, por ti, por ele/a, por nós, por vós, por eles/as….

- Bem, disse Corin, levantando-se. Como está uma noite lindíssima, que tal um chã, tomado lá fora, no miradouro?
- Onde temos uma surpresa para os presentes, completou Razin.

Ao ar livre, contemplados por um céu coalhado de estrelas, um casal simpático de avós, serviu o chá aos presentes.

Entretanto Razin pede uns segundos de atenção para dizer o seguinte:

- Qual será o chã que para muita gente, antes do deitar, tomou o lugar do copo de leite morno?

Silêncio, que Corin, interrompe, dando dicas aos presentes:

- A planta que dá o nome ao chã que estão a saborear neste momento, tem sido usada desde há séculos. RN, especialista em sobrevivência, considera essa planta como a “rainha das plantas medicinais”. Seu chã alivia a dor, facilita a digestão, cura as dores de estômago e de intestinos, relaxa os nervos; os gargarejos feitos com a sua infusão, são bons para dores de dentes e de amígdalas; inalações, ajudam nas constipações e dores de cabeça. (9)
- Segundo as SRD, completa Razin, “seus efeitos foram confirmados por um estudo alemão que estabeleceu que o chã de ________ aumenta certos compostos no corpo que aliviam os espasmos musculares e aumentam a actividade antibacteriana”. (10)
- Então, de que planta medicinal estamos a falar?, pergunta Corin
- Da Camomila, responde um jovem
- Qual é o seu nome?, pergunta Razin.
- Feliz.
- Lindo nome. Feliz, a sua resposta está… certa! Parabéns, Feliz!

O grupo bateu palmas.
De repente, eis a surpresa. Numa espécie de fogo de artifício, uma palavra multicor desenha-se: D(EU)S.
Que espectáculo! Um animado bater de palmas, confirma e enobrece o convívio.
A Adolescente X, pede a palavra:

- Posso?
- Claro, anima Corin.
- Porquê o parêntesis?
- Pergunta pertinente, qualifica Razin.

Leitor/a, que tal questionar-se e questionar os seus mais próximos, acerca da palavra deste capítulo: D(EU)S?

- Vamos entrar na canoa e remar…
- Com a pagaia “pergunta-resposta”?, completa Corin o que iniciara Razin.

domingo, 23 de agosto de 2009

PESSOA (3ª semana)


Porque Ele também era Ela e Ela também era Ele vamos chamar-lhe apenas Pessoa (até porque toda a gente é pessoa, não é verdade?).
Pessoa era o centro das atenções numa praça onde circulavam todo o tipo de pessoas. E era o centro das atenções porque Pessoa se encontrava de pé sobre um estrado, não para cantar nem para discursar...
A multidão não sabia quem era Pessoa. Mas vendo o nó de verdugo a rodear-lhe o pescoço comunicavam os mais variados pensamentos e sentimentos:

- É a melhor maneira de dissuadir os potenciais infractores: cortar o mal pela raiz!
- É inacreditável o que estamos a observar!
- É porque fez alguma das grandes!
- Para grandes males grandes remédios!
- Pobre alma que terá feito!

Tudo estava a postos para o processo de execução que seria visualizado pela multidão num écran gigante. Em breve teria lugar a contagem decrescente e finalmente o cadafalso abrir-se-ia para engolir aquela vida.
O gigantesco écran é activado. Os verdugos colocam-se um do lado direito e outro do lado esquerdo de Pessoa. Aparece no contador electrónico o número 10. Ao lado, o rosto de Pessoa aparece em grande plano. Seu rosto está sereno embora abatido. Fazem um zoom do seu olhar: uma lágrima parece querer libertar-se dos seus olhos (alguém na multidão é tocado e sente o próprio olhar turvado). Agora um dos verdugos dirige-se a Pessoa:

- É um direito do condenado expressar o seu último desejo. Por isso manifeste-se.

Pessoa olha à sua volta e o seu olhar descansa numa das laranjeiras que enfeitam a praça num verde-laranja-amarelo, como sinal de um misto de esperança, de energia e de luz. Olhando para o verdugo, olhos nos olhos, diz serenamente:

- Quero uma laranja.

Os verdugos olham-se e em uníssono deixam escapar:

- Uma laranja?!?!.

O sorriso tonto dos verdugos foi visível e partilhado pela maioria da multidão, que está ansiosa pelo espectáculo.
Uma pausa apenas para alguém colher a dita laranja.
Eis a laranja, com uma folha verde no pé, nas mãos de Pessoa. Religiosamente a laranja é descascada. Cascas fora, e gomo a gomo, a laranja é comida. Isso era o esperado mas não foi o que aconteceu. Numa visão de mestre, Pessoa articula conhecimentos, competências e sentimentos e faz uma animação rápida e subtil: isola da laranja a vitamina, separa a vita da mina, pega na mina provoca um terramoto, separa a terra da moto, pega na moto e...abandona o local !

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

PESSOA (2ª semana)

Dedicatória


Para
Pessoas…
Especiais e Únicas

como…

VOCÊ
ÍNDICE

Em jeito de introdução (p.9)

PESSOA (p.15)

- Capítulo 1 – D(EU)S (p. 21)

- Capítulo 2 – 4 em 1=SETE (p.33)

- Capítulo 3 – MUNDO PROCURA A FAMÍLIA (p.41)

- Capítulo 4 – TERRA NOSSA DE CADA DIA (p.49)

- Capítulo 5 – REMANASCENTE (p.57)

Conclusão? (p.61)

Referências bibliográficas (p.63)

Em jeito de introdução

- Escrever para quê e para quem?
- Para partilhar.
- Partilhar o quê? E com quem?

Você que se disponibilizou para esta partilha, como responderia a estas questões? Como eu gostaria de ouvir–sentir as suas respostas!
Será sensato aceitar que onde estiverem dois ou três dialogando sobre a qualidade de vida, a Vida jorrará nesses encontros-partilha? Tenho a certeza absoluta que não estou só nesta aventura… Será você a segunda ou a terceira pessoa? Porque não?
A direcção? É a do pensamento inicial. A Missão? A da Comunidade que é notícia pela positiva. O Caminho? Cada pessoa faz o seu, passo a passo… E se cai, levanta e continua, como diz o meu amigo F.
Observe aquele girassol. Muitas leituras. Uma delas: resulta de uma semente. E de quantas sementes ele é portador!
De uma forma muito pessoal, vou prosseguir este projecto, este desafio, esta partilha.
O índice, regista os grandes temas aqui tratados na generalidade, que, mais tarde, em novos desafios, poderão ser tratados na especificidade.
Propõe-se um exercício transversal à leitura deste texto: nos muitos espaços em branco, escreva.

- Escrever eu? Escrever o quê e para quê?
- Para fazer/mos biblioterapia.
- Bíbli…
- Livros… terapia pelos livros.
- E como?
- Talvez lendo primeiro, os títulos e reflectindo acerca das imagens. E antes de se atirar à leitura, imaginar ou tentar perceber o que o texto poderá dizer ou conter. Faça anotações (espaço para tal não falta) antes, durante e depois da leitura. Contrarie a tendência da maioria, registe os comentários que possam ser sussurrados, conversados, gritados ou mesmo insultados pela sua sensibilidade, pela sua criatividade… à medida que vai percorrendo este caminho literário,

- E se forem inconvenientes para quem escreve ou partilha?
- Não tem mal. Seja o que é, ou pelo menos procure sê-lo.
- Posso começar já?
- Porque não?

Alguém interrompe este nosso hipotético diálogo, piscando-nos o olho: é a Criatividade. Veja como ela se apresenta no texto que se segue.
(na próxima semana)

sábado, 8 de agosto de 2009

PESSOA (1ª semana)

A pergunta surgiu no início da manhã:
- Que tal partilhares o texto-teste PESSOA...?
- Não tenho qualquer problema. Está feito, desde 2007.
- Semanalmente, ias colocando parte.
- Aqui vai a capa e o texto da contracapa.

MACJOD, é o nome de uma união de alguém que tem uma grande paixão pela Vida (ou a Vida, por este casal).

Este texto-teste, poderá ser experienciado como um espelho, uma porta ou uma janela, um barco (e muitas outras imagens poderá juntar a estas) para a partilha de lágrimas e sorrisos, pensamentos e sentimentos, sonhos e frustrações, fracassos e vitórias... (meus, seus, dele/a, nossos, vossos, deles/las).

Não são o Caminho... Mas são do Caminho!

Dialogue consigo mesmo/a! (Loucura?) A sério: Experimente! E depois, se achar por bem, partilhe connosco.

Até à próxima partilha fique com este pensamento alguma vez lido e, livremente, adaptado por Jod:

O Ser Humano não é o que é; é o que não é. E para ser o que é, necessita de... estar em contacto com quem (e com o que) é?