Eis um ditado que passa de pais para filhos, desnecessário, para quem "voa" quando desce, mas questionado por quem se "arrasta", quando sobe.
Num lugar que alguém baptizou como "vale sagrado", numa das suas encostas íngremes, o rio do Ramiscal, que, obviamente desce, não pode refrescar os quatro caminhantes que, num dia de calor sofucante, de mochila às costas, e por volta das quatro horas da tarde, fazem, em cerca de meia hora, uma ascensão de uns 360 metros (Carvalheda) para uns 480 metros (Avelar).
- Podemos dizer que há santos que ajudam nas subidas!
Disse, também a pingar de suor, mas num espírito de brincadeira séria, um dos elementos ao casal do quarteto de montanheiros. Depois de colocar a sua mochila no jeep, volta atrás para ajudar o casal amigo.
- Eu nunca encontrei um santo desses!
- Eu nunca encontrei um santo desses!
Se estas últimas palavras são suas, no mesmo espírito já referido, dizemos que não encontramos porque procuramos mal ou seja procuramos santos que não existem: santos perfeitos.
Os que existem e podem ajudar nas subidas são os ...
- santos pecadores!
Sim esses que percorrem, no dia-a-dia, o Caminho, com nuitas lutas, várias derrotas, uma ou outra vitória... mas sempre com a determinação de quem sabe o que quer.
Procuram-se santos assim. Serei eu um deles?
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