segunda-feira, 23 de maio de 2011

Natureza. Interagir para sorrir!

Uma amiga enviou-me, hoje mesmo, um mail, com um texto que subsrevo inteiramente.

Porque todas as minhas células defrutaram com tal mensagem, disponibilizo o referido texto, neste humilde espaço de reflexão e partilha.

Antes, porém, quero deixar um muito obrigado ao autor do mesmo, bem como a todas as pessoas, que não pouparam esforços na partilha deste Louvor à Vida.

Transtorno da falta de contato com a Natureza
(Nature Deficit Disorder)


É um termo criado pelo escritor e jornalista norte-americano Richard Louv em seu livro de 2005, Last Child in the Woods (Tradução: A Última Criança nas Florestas). Refere-se à alegada tendência de as crianças terem cada vez menos contato com a natureza, resultando em uma ampla gama de problemas de comportamento. Esta doença não é ainda reconhecida em qualquer um dos manuais de medicina de transtornos mentais, como o CID-10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde) ou o DSM-IV (Manual de Diagnósticos e Estatísticas de Transtornos Mentais) nem é parte da proposta de revisão deste manual

Louv alega que as causas para o fenômeno incluem o medo dos pais, acesso restrito às áreas naturais, e da atração pela TV ou computador. A pesquisa recente tem gerado um contraste maior entre a diminuição do número de visitas aos Parques Nacionais nos Estados Unidos e aumento do consumo de meios eletrônicos por crianças.

Richard Louv passou 10 anos viajando pelos EUA entrevistando e conversando com pais e filhos, tanto em áreas rurais e urbanas, sobre suas experiências na natureza. Ele argumenta que a cobertura da mídia sensacionalista e os pais paranóicos têm assustado as crianças de freqüentarem áreas naturais (matas, campos...), enquanto promove uma litigiosa cultura do medo que favorece a prática de esportes seguros com regras ao invés de brincadeiras criativas.

Ao reconhecer essas tendências, algumas pessoas argumentam que os seres humanos têm um gosto instintivo para a natureza, a hipótese da biofilia, e adotam certas medidas para passar mais tempo ao ar livre, por exemplo, em educação ao ar livre, ou através do envio de crianças a jardins da infância (Forest Kindergarden) ou escolas (Forest Schools) na floresta, que são escolas especiais criadas nos Estados Unidos e países da Europa, onde as crianças ou estudantes brincam e aprendem do meio de uma mata preservada ou bosque utilizando os elementos que encontram na nestes ambientes. Talvez seja uma coincidência que os adeptos do movimento Slow Parenting (pais sem pressa)* enviam suas crianças para educação em ambientes naturais, ao invés de mantê-los dentro de casa, como parte de um estilo livre de educar os filhos

*O movimento Slow Parenting (pais sem pressa) defende que “menos é mais”: menos coisas, menos actividades, menos pressa, menos pressão, menos expectativas. Mais tempo para crescer fará as crianças mais felizes. É um estilo de educação dos pais em que poucas atividades são organizadas para as crianças. Em vez disso, elas são autorizadas a explorar o mundo ao seu próprio ritmo. O movimento Slow Parenting tem o objetivo de permitir que as crianças sejam felizes e fiquem satisfeitas com suas próprias realizações, mesmo que isto não pode torná-las mais ricas ou mais famosas. Os pais das crianças de hoje são frequentemente encorajados a repassar o melhor possível de suas experiências de infância, para garantir a estas crianças o sucesso e felicidade na vida adulta.

A natureza não é apenas para ser encontrado em parques nacionais. O capítulo "Jardim do Eden em um terreno baldio", de Robert M. Pyle (página 305) enfatiza a possibilidade de exploração e fascínio em pequenas áreas que podem ser lotes desocupados de terrenos com vegetação nativa, e se alegra com as 30.000 lotes sem construção em Detroit, que surgem devido à decadência no centro da cidade.

Causas

• Os pais estão mantendo as crianças dentro de casa, a fim de mantê-los a salvo de perigo. Richard Louv acredita que podemos estar protegendo exageradamente as crianças de tal forma que se tornou um problema e prejudica a capacidade da criança de manter contato com a natureza. O crescente temor dos pais de "perigo desconhecido", que é fortemente alimentada pelos meios de comunicação mantém as crianças dentro de casa e no computador ao invés de explorar ao ar livre. Louv acredita que esta pode ser a causa principal de transtorno da falta de contato com a natureza, uma vez que os pais têm um forte controle e influência sobre a vida de seus filhos.

• Perda de paisagem natural no bairro ou cidade de uma criança. Muitos parques e reservas naturais têm acesso restrito e placas de advertência "não ande fora da trilha". Ambientalistas e educadores ainda adicionam a restrição ao dizerem às crianças "olhe, mas não toque". Enquanto eles estão protegendo o ambiente natural, Louv questiona o custo dessa proteção na relação as nossas crianças com a natureza

• Aumento de atrativos para passar mais tempo dentro de casa. Com o advento do computador, videogames e televisão as crianças têm mais e mais motivos para ficar dentro de casa, "A criança norte-americana gasta em média gasta 44 horas por semana com mídias eletrônicas"

Efeitos

• As crianças têm limitado respeito ao ambiente natural mais próximo. Louv diz que os efeitos do transtorno da falta de contato com a natureza para os nossos filhos será um problema ainda maior no futuro. "Um ritmo crescente nas últimas três décadas, aproximadamente, de uma rápida perda de contado das crianças com a natureza tem profundas implicações, não só para a saúde das gerações futuras, mas para a saúde da própria Terra." Os efeitos transtorno da falta de contato com a natureza poderia levar a primeira geração em risco de ter uma expectativa de vida menor do que seus pais.

• Podem se desenvolver transtornos da atenção e depressão. "É um problema porque as crianças que não tiveram um contato com a natureza parecem mais propensas à depressão, ansiedade e problemas da falta de atenção". Louv sugere que ter atividade ao ar livre em contato com a natureza e ficar na calma e tranquilidade pode ajudar muito. De acordo com um estudo da Universidade de Illinois, a interação com a natureza tem provado reduzir os sintomas dos transtornos da atenção e depressão em crianças. Segundo a pesquisa, "No geral, nossos resultados indicam que a exposição a ambientes naturais nas atividades comuns após as aulas ou finais de semana pode ser muito eficaz na redução dos sintomas de déficit de atenção em crianças." A teoria da restauração da atenção desenvolve esta idéia , tanto na recuperação a curto prazo de suas habilidades, como na de longo prazo para lidar com o stress e adversidades.

• Seguindo o desenvolvimento dos transtornos da atenção e depressão e transtornos de humor, notas mais baixas na escola também parecem estar relacionados com o transtorno da falta de contato com a natureza. Louv afirma que estudos realizados na Califórnia e na maior parte dos Estados Unidos mostram que os estudantes das escolas que utilizam as salas de aula ao ar livre e outras formas de educação utilizando experiências com a natureza apresentaram significativamente melhor desempenho em estudos sociais, ciências, artes, linguagem e matemática. Fonte: Artigo Orion Magazine March/April 2007

• A obesidade infantil tem se tornado um problema crescente. Cerca de 9 milhões de crianças (6-11 anos) estão com sobrepeso ou obesos. O Instituto de Medicina afirma que nos últimos 30 anos, a obesidade infantil mais do que duplicou para os adolescentes e mais do que triplicou para crianças de 6-11 anos. Fonte: National Environmental Education Foundation

• Em uma entrevista publicada na revista Public School Insight, Louv citou alguns efeitos positivos do tratamento de transtorno da falta de contato com a natureza: “Tudo a partir de um efeito positivo sobre a atenção estendendo para redução do stress a criatividade, o desenvolvimento cognitivo e seu sentimento de admiração e de conexão com a Terra. "

A ONG No Child Left Inside Coalition (Coalizão “Não deixe as crianças dentro de casa") trabalha para levar as crianças para atividades ao ar livre e de aprendizagem ativa. A ONG espera resolver o problema do transtorno da falta de contato com a natureza. Eles agora estão trabalhando para aprovar uma lei nos Estados Unidos que aumentaria a educação ambiental nas escolas. A ONG defende que o problema do transtorno da falta de contato com a natureza poderia ser amenizado por "despertando o interesse do estudante para atividades ao ar livre" e estimulando-os a explorar o mundo natural por conta própria.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Germinados ou brotos, pela nossa Saúde! (1)


Neste post, e noutros que virão, pretende-se... acompanhar, no essencial, o que a Ciência revela sobre os germinados, ou seja, os brotos que as sementes produzem quando germinam.

Lançado o tema, com o título "Comida Viva", no meu outro blog, aquele mais particular, mais pessoal, onde tudo começa com o encanto a tocar o mistério, senti-me qual criança encantada com o seu novo binquedo!

Lê-se na Bíblia "Quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para glória de Deus".

- Deus em tudo e em todos - explicita um idoso com um sorriso luminoso.

Alguém pede a palavra. Sim nesse grupo, estão religiosos, ateus, agnósticos...
Mas comer, beber... são fenómenos-privilégio de todos.
Com este Espírito Universal, na frágil embarcação que é o nosso corpo, continuaremos na Aventura no Rio da Vida, que é a nossa, o contacto com esses fenómenos vitais que estão ligados à nossa alimentação.

A obra do conceituado médico espanhol Jorge D. Pamplona Roger - "A Saúde pela Alimentação", em 3 volumes - orientará os nossos primeiros ensaios desta (auto)formação-acção, desta experiência-partilha (Ver também vídeo disponibilizado no post "Comida Viva" do meu outro blog:

terça-feira, 10 de maio de 2011

TERRA NOSSA DE CADA DIA. Primavera 2011

A periodicidade do boletim TNCD, não mais mensal mas sim trimestral, acompanhará cada uma das quatro estações.

Era suposto ter chegado com o "cuco", mas não foi possível.

É sempre uma mais-valia, a auto-disciplina e a reflexão a que me obriga uma iniciativa como esta. Porém, confesso que não geri muito bem este desafio. Mas o boletim, aí está, para partilhar o que tenho e sou.

As crianças (netas/o, e não só) estão à espera de uma enriquecida Caça ao Tesouro, da qual já têm saudades (a criança que tenho dentro de mim, também).

Desfrute, clicando em Boletim / Suplemento

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Acto "terrorista" no gatódromo de Braga

Doze estudantes mortos e cerca de cinquenta feridos, é o primeiro balanço…
Jornalistas, Politólogos, Sociólogos, Psicólogos e até Teólogos, quais aves necrófogas, finalmente aparecem! Reactivas e não pró-activas!

Investigadora, na área da Biotecnologia, divulga solução para resolver o conflito de interesses entre “agressores-folgazões e a “agredidos-desamparados”. E refere o caso Gatódromo em Braga e a população mais sacrificada: a de Dume. O milagre deve-se não a um santo qualquer, mas a um "biochip", que neste caso concreto, permitirá a emissão e a recepção do som com elevado número de decibéis, ultra-sons, perceptíveis apenas pelas pessoas directa e voluntariamente implicadas. Será um pouco como a percepção dos ultra-sons por parte de cães e outros animais.

Porque para um bom entendedor meia palavra chega, eis três notas:

1) Felizmente o primeiro cenário, ocorrido na zona do Estádio AXA, em Braga, não é verdadeiro, o que é excelente pois a Violência nunca dará à luz a Paz;
2) O segundo cenário é desejável, mas a referida investigadora, infelizmente, é ainda uma ficção;
3) Como acabar com o acto "terrorista” do Gatódromo de Braga (e dos seus cúmplices)? que, ao longo de uma semana durante o dia dormem, e, à noite, quais "ladrões" ou "terroristas", em nome do progresso, da razão, da liberdade… roubam, violam, o sagrado direito ao descanso a quem tanto dele necessita, para, no dia-a-dia enfrentarem, com uma cidadania consciente e responsável, o mar encapelado da crise.

- É demais! Não consigo dormir!
- A mim não me incomodam... mas estou revoltado porque incomodam quem nada tem a ver com isto.
- Só uma bomba!
- Era a população de Dume, e não só, juntar-se e acabar com esta bestialidade.
- Em nome do Bem Comum e do Bom Senso, urge encontrar-mos uma solução de Consenso, que dignifique os Minhotos, os Portugueses… a Humanidade.
- …


Para finalizar, e pegando numa deixa dos desabafos-revolta de quem sofre com este "crime" do desrespeito e dos excessos, eis uma constatação:

AS BESTAS OU ANIMAIS, OS TAIS IRRACIONAIS, RESPEITAM O SAGRADO DIREITO AO DESCANSO NOCTURNO, DESCANSANDO E DEIXANDO DESCANSAR.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Dume Cultural fez o teste. Resultado: positivo!


No autodiálogo-caminhada, de hoje, por terras de Dume, teve lugar a seguinte reflexão:

- O teste foi feito.
- E?
- O resultado é positivo: a Comunidade de Dume
"engravidou" no 1º Dume Cultural.


Momentos depois, uma afirmação deu lugar a uma chuva de perguntas e por fim, a manisfestação de uma vontade contestada pela sua inguidade:

- A montanha pariu um rato. O que irá parir Dume? Mais do mesmo? Ou seja o Monstro da hipocrisia, do medo, da inveja, da bajulação, da manipulação, do vazio, da alienação...?
- Prefiro pensar, que esta "gestação" dará à luz o Ser Humano, amigo, solidário, humilde, consciente, responsável, tolerante, alegre, ousado, inovador... que a Criança, o Jovem, o Adulto, o Idoso, Eu, Tu, Ele, Nós, Vós, Eles (em Dume, em Braga, na Europa, no Mundo), no mais íntimo de nós mesmos, necessitamos de Ser... de dentro para fora, como
o fruto na semente!
- Ingénuo! Lê nas interlinhas das notícias (do CM, DM, do site da JFD e do AUTARCA), nos rostos dos responsáveis... Até porque a "troika" vai mexer com as autarquias...

Porque não fiz comentários, no novo boletim informativo, sublinhou com o dedo indicador o seu título:

- O AUTARCA.

Olhos nos olhos, parecia querer abortar a minha confiança.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Dume Cultural. Depois da Festa...

... o que resta?

Eis uma mão cheia, de possíveis respostas:

1 - Uma vontade de mais e melhor: Inovação e Qualidade;
2 - A necessidade de, com as diferentes instituições-actoras, ser feita a avaliação desta 1ª edição;
3 - Coninuar a cultivar o espírito de comunidade, neste evento semeado;
4- A convicção da importância em manter a comissão informal, com representantes das forças vivas locais, como responsável pela concepção-realização-gestão deste desafio anual;
5 - O Desafio de integrarmos o "Dume Cultural", em 2012, no programa "Braga Capital Europeia da Juventude".


Em jeito de conclusão, tendo em conta o post anterior, duas notas finais.

- A primeira: Nem tudo foi perfeito, mas foi um bom começo!
- A segunda: no boletim O AUTARCA, no e-mail junta.f.dume@iol.pt e no site http://www.jfdume.pt/ dispomos de três meios de comunicação que irão, certamente, dignificar a nossa Comunidade Dumiense!

Por isso, a todos os intervenientes - Autarquia local e Dumienses representados nas diferentes forças vivas - os meus parabéns e um abraço!

Para reforçar com imagens o que atrás foi dito, eis algumas fotos desses momentos lindos!