TERRA NOSSA de Cada Dia: Setembro 2010

Olá!
Partilham-se os conteúdos do Boletim e respectivo Suplemento de Setembro, cujos títulos são os seguintes:

Boletim:

* MARTE - Des(a)tino?
* MADAGÁSCAR
* ITÁLIA
* O MELHOR DE PORTUGAL
* BOA NOVA DO NORTE
* ASTRONOMIA EM BRAGA
* DUME - "VENTOS" DE MUDANÇA

Suplemento:

REGRESSO À ESCOLA OU ÀS AULAS?

Para aceder, p.f., clicar Boletim / Suplemento

Rio Homem, humanizado, no mau sentido...

Aconteceu ontem, da parte da tarde.

Colocamos o caiaque na água, e navegamos, ora a montante ora a juzante, do moinho de Soutelo (Vila Verde). A montante, no primeiro açude, onde no passado, na aventura Remanascente, viramos o barco duas vezes, constatamos que a água permanecia nauseabunda. Descendo, já a juzante do referido moinho, entre a moldura de amieiros, salgueiros, freixos... registamos, na margem esquerda, algo desagradável, ao olfacto, à vista e a alma: este foco não soubemos em que consistia nem de onde provinha!!!


Já perto da foz, um miúdo, sozinho na água, brincava: ora como pito borrachudo, bebendo o rio, ora como deus, lançando no ar dilúvios de burrifos.

- Não faças isso! A água está suja! - gritamos.

Mas o barco passou e a criança continuou!

Talvez porque estava a ler Rubem Alves (li um pouco, depois, na margem esquerda do Cávado, frente ao Autocarro-Bar), pareceu-me, ver nas águas do Cávado e do Homem, pedaços de nós mesmos, os humanos, que matando a Natureza, a nós nos matamos!!!

Aniversário, com uma prenda-aventura

Sim o 56º aniverário do vizinho e amigo Abílio.

Tomou-se conhecimento do facto, já nas águas do Cávado, quando se faziam lançamentos. Foram dados os parabéns mas os peixes não quiseram associar-se. O que se desprendeu logo no primeiro lançamento do aniversariante, talvez um achigã, deve ter enviado um SMS a todos os habitantes daquele habitat conhecido por barragem de Penide. Quem sabe até pensaram "serrar" o barco de PVC, mas algum lúcio deverá ter desaconselhada tal maldade, até porque era dia de Aniversário, fazia-se o Baptismo do Navigator II e, afinal, aqueles dois sujeitos, um de bigode, o aniversariante, e outro de barbas, estavam ali apenas para fazer um exercício de pesca sem morte.

Aparte um remo que se partiu e afundou (mas ao chegar a casa, ganhou-se um outro par, esses sim já bem calejados) e três amostras que se juntaram ao pedaço de remo, no final, era bem notória a alegria dos pescadores: testaram o barco que lhes deu conforto, segurança e mais uma aventura pelas águas do ex-Zende.

Eufóricos, os navegadores falaram todo o caminho de regresso a casa: querem mais! Já marcaram a nova aventura, para a próxima 2ª ou 3ª feira.

Para outras mensagens, deixa-se que as fotos abaixo falem...

Vida quotidiana

Num ambiente relaxado, que só umas férias merecidas podem proporcionar, eis um momento de reflexão e partilha, a propósito das palavras de Mário Simões (psiquiatra e professor da Faculdade de Medicina de Lisboa), no capítulo 2 - Evolução e crises espirituais - da obra PSICOLOGIA DA CONSCIÊNCIA, Pesquisa e Reflexão em Psicologia Transpessoal, que, com Mário Resende e Sandra Gonçalves, coordena:

"Em resumo, existe doença quando uma pessoa não consegue interactuar com autonomia e em sociedade. A autêntica religiosidade ou espiritualidade tem de ser sempre provada e testada na vida quotidiana".

Pensei no "Everest dos Valores": D(EU)S. Eis a minha leitura, no seu essencial: Cada EU (presente nas relações, Eu, Tu, Ele, Nós, Vós, Eles) orientado pelo Espírito Universal, é Especial e Único de Domingo a Sábado, interactuando "com autonomia e em sociedade".


Será que, no dia-a-dia, vivenciamos a estrela DaVida, no cruzamento da verticalidade divina com a horizontalidade humana?

Férias, a gosto!

As férias são um tempo excelente para experiências significativas.
Etimologicamente (não, não, não é uma aula, até porque estamos de férias!), provém do latim 'feria, -ae', singular de 'feriae, -arum', que significava, entre os romanos, o dia em que não se trabalhava por prescrição religiosa; designa também aquilo que todos sabemos e desejamos: período de descanso a que têm direito patrões, empregados, funcionários públicos, estudantes etc.

Em jeito de brincadeira, a minha/nossa criatividade costuma separar, esta palavra tão querida e merecida por quem trabalha, em duas: fé e rias.

Fé - confiança, no recargar das nossas "baterias";
Rias - forma do verbo rir, blá, blá... ah! ah! ah!, que é um bom remédio.

Aconteceu ontem em Pitões das Júnias, na "mítica" Casa do Preto, do Sr. António e da Dª Maria (na parte antiga, onde o quadro da grande caminhada Portela do Homem->Pitões das Júnias, nos faz recontar histórias vividas em 1997; e depois, no restaurante).

Três casais (irmãs/ão, cunhados/da), depois do oxigenado passeio ao Mosteiro de Santa Maria das Júnias, bem comidos e bebidos (cabrito para cinco e omelete para um ovolactovegetariano que apesar de gostar muito de cabrito, não prevarica… e não fez qualquer promessa de fidelidade até à morte, quer ao Céu quer à Terra), diziamos e continuamos, neste contexto familiar, amigo, relaxado e arejado, foram-se soltando algumas que, depois de seleccionadas
(para respeitar algumas sensibilidades), partilhamos. Aqui estão:

P - Qual é a diferença entre um celim de uma bicicleta e uma sanita?
R - No celim da bicicleta sentamo-nos para correr e na sanita corremos para sentar.

P - Qual é a semelhança entre um bêbado e um geógrafo?
R - Ambos concordam que a Terra gira.

P - Como é que se põe um elefante molhado a secar?
R - Chateia-se um elefante até mais não, ele vai aos arames e é só pôr as molas.

P - Qual é o cúmulo do azar?
R - Ter uma sogra chamada esperança.

Mas porque não só de gargalhadas vive o homem, mas também de pão e cultura, fomos à Padaria de Pitões (que pão delicioso!) e ao Ecomuseu (sentir as "raizes").

Para colocar o ponto final neste convívio familiar, demos um salto a Tourém, onde fomos dizer olá ao fronteiriço rio Salas, afluente do Lima, e saborear um gelado/fino, no Restaurante Paris.

Algumas fotos, para recordar...

Dume, em Festa...

Sim, em Festa para celebrar as Bodas de Ouro Sacerdotais do seu Prior: Pe. Armindo Ribeiro Alves (ordenado em 15 de Agosto de 1960, na Sé de Braga).

As imagens que aqui são disponibilizadas permitirão a leitura de muitas mensagens, mas pessoalmente, como dumiense, amigo, irmão em Cristo e "contabilista" do Sr. Prior, deixarei aqui algumas linhas muito pessoais:

Gostei do bater de palmas, expontâneas, no interior da igreja, após...

* os versos dedicados ao Sr. Prior, pela "poetisa" popular, a dumiense Maria de Azevedo Costa;
* as palavras soltas e bem sentidas dirigigas ao colega, pelo nosso, dumiense, Padre Zé, reformado e residente em Dume, nas Travessas.

No final da Missa, na porta principal da igreja, disse-lhe:

- Sr. Prior, é com alegria que lhe dou um abraço em Cristo.

Foi neste espírito que me inscrevi para a Festa da qual desfrutei desde a "Santa Missa" até à última canção, no salão paroquial.

Agora a palavra é das imagens que se seguem:

O Senhor Pe. Zé faz uso da palavra...

Cumprimentos, beijos e abraços de felicitações...

No adro, saboreando apiritivos e conversas...

Os Jovens Do Amanhã abrem o programa musical...

Obrigado, pela atenção que tiveram para com as "minorias"...

A nossa comunidade vista do "céu"...

Os Jovens Do Amanhã, serão como o Sr. Prior: jovens de espírito (78 anos, ainda no activo)...

Um grupo amigo de "profissionais" amadores...

A secção de cavaquinhos da ACRD...

Em jeito de conclusão, do muito que, num convívio, vemos, ouvimos, dizemos e sentimos, utilizo as palavras do amigo da viola braguesa que disse que os paroquianos de Dume têm um bom Prior e que este tem uns bons paroquianos... Claro que "Bom" só há um, diz o próprio Jesus, no Evangelho, mas se seguirmos a proposta de S. Paulo - "examinai tudo e retende o bem" - todos podemos melhorar, amando-nos uns aos outros como Cristo nos amou.

Mesmo para colocar o ponto final, estas palavras: felicitações a todos as pessoas que contribuiram para esta Festa.

Predestinação?

Reflectimos, sobre um texto de Jean-Yves Leloup, que diz:

"O ser humano é uma mistura de natureza e de aventura".

Natureza, esse património genético, que se constrói desde a nossa concepção e que, de certa forma, nos condiciona, nos determina, mas não completamente, e, por isso, a aventura...

Aventura, essa liberdade de interpretar e de mudar, ou não, de vida. De interpretar a nossa relação com o Todo, com Tudo, com Todos, e, face a essa interpretação, confirmar, consolidar, ajustar ou reorientar rumos.

Aplicação: dumiense, bracarense, minhoto, nortenho, português, europeu, terrestre... , diz-me a Natureza?; mas "pintar" a tela da minha vida, usando mais o amarelo, o verde, o vermelho... e, então, ser vegetariano ou homnívero, religioso ou ateu... são propostas, nunca impostas, enfatiza a Aventura com a certeza da sua liberdade.

Concluindo: Predestinação? Sim e não, conforme, o corpo, a razão e o coração. Não quero ter razão, é apenas uma reflexão-acção.

Mensagem essencial

A letra mata e o espírito vivifica.

Letra: As "ondas" - gigantescas, rugidoras e ameaçadores - que abalam os mais ousados e experientes.

O Espírito: o Eu Sou, que dorme na frágil embarcação que é o nosso corpo, mas que, despertado e solicitado, pode acalmar a "tempestade".

O oceano: a vida quotidiana.

Em síntese: a Religião (qual Sol, é de todos, em geral e de ninguém, em particular), liga-me/nos à Vida, libertando endorfinas. Podemos experienciar, hoje, aqui e agora, as sensações agradáveis - a paz, a alegria... - que essas substâncias produzem e que são essenciais para a nossa sobrevivência pois estimulam o nosso "sistema imunológico".

Quem tem ouvidos para ouvir ouça o que o Espírito diz aos homens e mulheres de boa vontade.

Rema, rema, rema...

O título é o princípio de uma canção antiga, recentemente, aprendida por um avô, e ensinada pelas/lo suas/seu netas/o.

Tudo começou no passado Domingo, na Praia da Barca (ou do Barco?), na barragem de Salamonde, onde o Rabagão e o Cabril se juntam para, com o Cávado, proporcionarem a festa(Montalegre) dos oito valores (universais e naturais), que sugerem um Novo Começo ou
NEW START:
Nutrition, nutrição; Exercise, exercício; Water, água; Sunlight, luz solar; Temperance, temperança; Air, ar; Rest, descanso; Trust, confiança.

Começou no Domingo e consolidou-se hoje, também no Cávado mas em Prado, Vila Verde (Braga). Sim com mais duas crianças, no mesmo rio, onde outros barcos e uma praia coberta de gente,desfrutavam dos oito valores já referidos.

Eis um Tobago, caiaque rígido, cantando:


1,2,3

Rema, rema, rema
o barco num dia risonho
rio acima, rio abaixo
a Vida é um sonho!

Boletim TERRA NOSSA de Cada Dia

Partilho, em Agosto, o que reflecti, de forma sistemática, em Julho.

No caso de ser de alguma utilidadade... faça o favor de se servir.
Eis os títulos do Boletim de Agosto:

* AMARELO, VERDE E VERMELHO
Cores de uma viagem cósmica

* ANGOLA
A unidade dá força

* SUIÇA
Um por todos, todos por um

* PORTUGAL ESTÁ A ARDER
"Bombeiros" precisam-se!

* ARCOS DE VALDEVEZ
Notícias dos Arcos

* PICOTO
Ou "picoito"?

* DUME
(E)ventos de mudança?


Suplemento: Um passado de AVENTURA

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