quarta-feira, 26 de maio de 2010

O dia-a-dia...

e os seus "milagres".

Aconteceu ontem, pelas 23 horas. A esposa, que fazia ponto cruz, na sala, disse para o marido, que chegava da rua:

- Obrigada!
- É uma prenda de "casamento" - respondeu ele.
Antes do marido sair para fazer um trabalho em prol do ambiente e da comunidade, a esposa, não apenas porque era o Dia Mundial do Vizinho, desceu e estivera à mesa com os vizinhos do R/C Dto, que jantavam. Entretanto o marido, na cozinha, "ouviu" uma voz silenciosa: "Que tal neste dia (também de 41 anos de casados, mais 7 de namoro) ofereceres um mimo amoroso à tua mulher?" Sorrindo pôs mãos à obra.
A esposa regressou, mas já o marido havia saído. Quando ela se preparava para levantar a mesa e lavar a loiça o que é que aconteceu? Foi "abraçada e beijada" por aquele gesto de amor e carinho que tinha a assinatura do seu chéri: como, por milagre, estava tudo, impecavelmente, arrumado!
É a ternura, não dos quarenta, mas dos sessenta!
Brincando, à sua maneira, ele conclui:
- O amor é como as uvas passas: mais doces à medida que vão surgindo as "rugas".
E, em jeito de cereja no cimo deste "bolo" da partilha, o texto de um poeta de Deus:
"Na velhice, eles ainda produzem frutos; são sempre fortes e cheios de vida" (Salmos 92:14).

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Bento XVI, em Portugal

Ela perguntou-me qual era a minha opinião sobre o Papa, Bento XVI.
Perante o meu silêncio, ela acrescentou:

- Ah, pois, tu não és católico.

Então lembrei-me das palavras do meu amigo Ortiz, há muitos anos atrás, na Coruña, numa campanha de evangelização, palavras com as quais me identifico e que são as seguintes:

- Sou católico, apostólico, segundo a Epístola aos Romanos.

Hoje, aqui e agora, cumpro uma promessa feita algures num dos meus textos.

Eis o essencial contido na expressão "segundo a Epístola aos Romanos":

"Pois Deus não faz distinção de pessoas"
Romanos 2:11 (TIC)

- Para um bom entendedor meia palavra basta.
Concluiu a minha amiga que conhecia o meu testemunho partilhado no boletim "DUME - Terra Nossa de Cada Dia" (Abril, 2008, p.3), que poderá encontrar na barra lateral.

sábado, 1 de maio de 2010

Caminhada-convívio, em Dume


Aconteceu hoje em Dume, neste dia do trabalhador, um evento que me deixou um misto de alegria e de alguma dor.

Alegria, porque apesar da ameaça da chuva, um grupo de 40 e tal pessoas (jovens, adultos e crianças), honramos os nossos campos e caminhos, participando numa caminhada organizada pela nossa Junta de Freguesia. Este evento proporcionou-nos todo um conjunto de benefícios que, resumidamente, passo a referir:

* Ar livre que nos acaricia a alma ;
* Exercício físico que pinta nos nossos rostos as cores e o brilho da saúde;
* Alimento para os olhos da alma: o verde-esperança, dos campos e das bouças;
* Sentir-se elemento de uma comunidade, que, como todas, tem os seus heróis e os seus vilões;
* Comunicação informal, a tal...

... que, vestida de magia e encanto, nos sorria na partilha expontânea, que ora acontecia com A, ora com B, ora com C... focando as questões mais diversas mas todas de interesse para a esta terra que é nossa, para este gente na qual me sinto igual e diferente. Também falei mas foi o escutar e o reflectir, com todo o meu ser, que me trouxe um sabor especial: agro-doce, o tal misto de alegria e de alguma dor.

Dor, porque senti a tua/sua falta... Todos não somos demais, para os grandes desafios que, em nome da Humanidade, teremos que enfrentar. Sou dumiense com muito orgulho, sou de todos, em geral e de nenhum, em particular. O sangue que me corre nas veias alimenta-se desse espírito que nos vê a todos/as como especiais e únicos/as. O génio dumiense, português, lusitano... mais uma vez nos falou: o tal "cimento-cola" irá operar milagres nas relações intra e interpessoais. As flores do campo sorriam e, silenciosamente, diziam-nos "juntos vamos vencer!"

O gimnodesportivo (palco de vários eventos), o Eduardo, um netinho benfiquista com 2 anos que já tem um "netinha" (a avó), os tratores e os agricultores que embelezavam os campos com as cores e os sons do trabalho (na Ponte do Abade, em Sobremoure), a Nik e o Tigre (casal de cães, da raça boxer, que, em liberdade nos acompanharam), as alminhas do sobreiro (confidente de muitas preces) o campo de aviação (onde, antigamente, iamos aos grilos e jogavamos futebol) a nossa Ponte Românica (em Felgueiras), as pessoas que saudavamos ou pelas quais eramos saudados, o Amieiro de Maio, bem enfeitado e fiel ao Senhor dos Aflitos (nesse lugar mítico que é Carcavelos), o fogo que abriu e fechou o evento... tantos foram os elementos, que contribuiram para este "maio literário" que ofereço aos dumienses em geral e à Junta de Freguesia, em particular.

Bem hajam promotores e participantes! Foi um bom começo! Porque foi molhado, logo será abençoado!

Leia-se nas fotos abaixo, aquilo que eu, mais e melhor, não soube dizer: