sábado, 1 de maio de 2010

Caminhada-convívio, em Dume


Aconteceu hoje em Dume, neste dia do trabalhador, um evento que me deixou um misto de alegria e de alguma dor.

Alegria, porque apesar da ameaça da chuva, um grupo de 40 e tal pessoas (jovens, adultos e crianças), honramos os nossos campos e caminhos, participando numa caminhada organizada pela nossa Junta de Freguesia. Este evento proporcionou-nos todo um conjunto de benefícios que, resumidamente, passo a referir:

* Ar livre que nos acaricia a alma ;
* Exercício físico que pinta nos nossos rostos as cores e o brilho da saúde;
* Alimento para os olhos da alma: o verde-esperança, dos campos e das bouças;
* Sentir-se elemento de uma comunidade, que, como todas, tem os seus heróis e os seus vilões;
* Comunicação informal, a tal...

... que, vestida de magia e encanto, nos sorria na partilha expontânea, que ora acontecia com A, ora com B, ora com C... focando as questões mais diversas mas todas de interesse para a esta terra que é nossa, para este gente na qual me sinto igual e diferente. Também falei mas foi o escutar e o reflectir, com todo o meu ser, que me trouxe um sabor especial: agro-doce, o tal misto de alegria e de alguma dor.

Dor, porque senti a tua/sua falta... Todos não somos demais, para os grandes desafios que, em nome da Humanidade, teremos que enfrentar. Sou dumiense com muito orgulho, sou de todos, em geral e de nenhum, em particular. O sangue que me corre nas veias alimenta-se desse espírito que nos vê a todos/as como especiais e únicos/as. O génio dumiense, português, lusitano... mais uma vez nos falou: o tal "cimento-cola" irá operar milagres nas relações intra e interpessoais. As flores do campo sorriam e, silenciosamente, diziam-nos "juntos vamos vencer!"

O gimnodesportivo (palco de vários eventos), o Eduardo, um netinho benfiquista com 2 anos que já tem um "netinha" (a avó), os tratores e os agricultores que embelezavam os campos com as cores e os sons do trabalho (na Ponte do Abade, em Sobremoure), a Nik e o Tigre (casal de cães, da raça boxer, que, em liberdade nos acompanharam), as alminhas do sobreiro (confidente de muitas preces) o campo de aviação (onde, antigamente, iamos aos grilos e jogavamos futebol) a nossa Ponte Românica (em Felgueiras), as pessoas que saudavamos ou pelas quais eramos saudados, o Amieiro de Maio, bem enfeitado e fiel ao Senhor dos Aflitos (nesse lugar mítico que é Carcavelos), o fogo que abriu e fechou o evento... tantos foram os elementos, que contribuiram para este "maio literário" que ofereço aos dumienses em geral e à Junta de Freguesia, em particular.

Bem hajam promotores e participantes! Foi um bom começo! Porque foi molhado, logo será abençoado!

Leia-se nas fotos abaixo, aquilo que eu, mais e melhor, não soube dizer:









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