quarta-feira, 11 de março de 2009

Quando a MORTE nos sussurra a VIDA...

Em casa, um olhar para o aquário, e confirma-se: o tal néon jaz sem vida.

Na cidade, um telefonema: o nosso Amigo, tivera um ataque de coração, fulminante!

Através dos diferentes meios de comunicação... quantas outras histórias... quantas outras memórias...!

É verdade, estas realidades não se constatam apenas. Elas activam os nossos sensores adormecidos. Acordamos e percebemos que não somos indiferentes às perdas, desde as mais pequeninas às maiores, desde as mais afastadas às mais próximas, desde as mais odiadas ou temidas às mais queridas. O fenómeno das associações de ideias explode, as ligações acontecem. o Presente da Vida na beleza de um néon ou na complexidade da vida humana de um Amigo, altera-se produzindo efeitos especiais em diferentes áreas da nossa existência: pensamento, emoções, valores, opções, atitudes, relações...

- A vida continua numa outra dimensão;
- Voltou para Deus que o deu;
- Adormeceu no Senhor;

Palavras semeadas no solo do silêncio e da dor, que, qual Inverno, despido, frio e silencioso, parece comprometer a beleza de qualquer flor.

Através do nosso Amigo acima referido, o Criador dos Céus e da Terra, do Mar e de tudo que neles há, presenteou a Humanidade com quase duas mãos cheias de filhos/as... A rede de relações em permanente construção é imparável e imprevisível... Os amigos que com ele privaram, sobretudo nestes tempos últimos, tal como os familiares e outros amigos, igualmente percebem que a Vida continua, e que a maior e melhor honra que se presta a quem, fisicamente já não se encontra connosco, é completar, nas páginas da nossa existência pessoal e colectiva, o pensamento iniciado no título desta reflexão:

... então a Primavera continuará a garantir o tr(i)unfo da Vida!

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