quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Dume, terra abençoada.

Olhamo-nos nos olhos, quando lemos o título acima.

- Ironia?! - perguntamo-nos em uníssuno.

É verdade que, há uns tempos, as minhas reflexões e partilhas não focam Dume.

- Deixaste de "ser" dumiense?
- Jamais poderei deixar de o ser. É o espaço e o povo que me viu nascer, que ouviu as minhas primeiras palavras e me animou a dar os primeiros passos, onde fiz muitas marotices... São muitas as gratificações por mim aqui experienciadas!
- Esse teu amor pela terra será reconhecido pelos teus conterrâneos?
- Por alguns, será.
- Terra abençoada! Eu diria amaldiçoada, pois aqui reina o preconceito, o medo, a inveja, a hipocrisia... não apenas nas pessoas mas também nas instituições.


Fiquei em silêncio. Reflectia: "É verdade que também tenho experiências nada gratificantes". Mas conclui:

- Em Dume existem pessoas que são uma inspiração... Não pela sua perfeição, mas pela sua humildade, simplicidade, verdade, amizade... Estes homens e mulheres são Dume, são a tal "terra ou gente abençoada" que podem inovar e qualificar os seus mais variados recursos.

Meu amigo, passando-me a mão pelas costas, concluiu:

- Quanta ingenuidade, meu caro!

Fiquei na companhia do silêncio. Mais palavras para quê?



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